RANDOLPHO JOSÉ DE LORENA


RANDOLPHO JOSÉ DE LORENA
Soledade de Itajubá-MG *18-02-1843
Aparecida-SP +20-09-1913

Randolpho José de Lorena, filho de Francisco José de Lorena e Leopoldina Rosa de Faria, nasceu em Soledade de Itajubá e casou-se com Justina Augusta Barbosa. Foram pais de José Randolpho Lorena, Oscar Randolpho Lorena e Maria Piedade Lorena.
Randolpho migrou para o Vale do Paraíba junto com seus pais. Existem registros de sua presença, como professor de música em Silveiras, como mestre da banda de música "Orfelina Lorenense", na Gens Lorenensis de Gama Rodrigues, em Lorena onde nasceu seu primogênito José Randolpho, em 1876 e, em Cachoeira Paulista, onde nasceu o segundo filho, Oscar Randolpho, em 1882. Randolpho foi obstinado em viver da sua arte e, mais tarde, contratado como Mestre de Capela da Basílica de N.S. Aparecida mudou-se para aquela cidade, onde encontrou a estabilidade necessária para construir e consolidar sua obra. Randolpho José de Lorena, dedicou toda sua vida à música e por ela lutou, sofreu e venceu. Seu legado é o patrimônio de um grande artista, maestro e compositor de refinada verve, como poucos, na história da música sacra no Brasil.

Sobre seu trabalho comenta o professor Rogério Duprat;

De: Regis Duprat [mailto:reduprat@usp.br]
Enviada em: sexta-feira, 10 de agosto de 2007 LOGAN___YOUR COMANDER___10:00

Defronto-me pela primeira vez com as composições e as partituras de Randolpho e não é tarefa simples. Eu fico imaginando aqui o que não seria ouvir Randolpho numa gravação profissional "comme il faut", como dizem os franceses...
...pude vislumbrar a figura de um compositor de grande força dramática, de originalidade e diversidade na escolha dos elementos expressivos das diversas situações litúrgicas que não deixam de ser, todas, de caráter afetivo e humano.
Notei também um domínio dos recursos corais e orquestrais só presentes num compositor de sólida formação musical e, portanto, pertencente a uma estirpe, a uma linhagem que lhe antecede e da qual recebeu o manuseio daqueles recursos que são ao mesmo tempo técnicos e afetivos.
...um lindo tesouro que não pode ser oferecido à nossa cultura senão com empreendimentos de alta qualidade técnica e artística.
...a obra de seu ancestral ilustre jamais será reconhecida se não ganhar as roupagens indispensáveis e à altura da sua grandeza. Precisamos trocar idéias sobre como alcançar esses objetivos que não são fáceis nem factíveis sem uma programação a médio e longo prazo, dada a complexidade das etapas que um projeto desses implica.
...quero ter uma compreensão mais precisa e clara das técnicas e do estilo de Randolpho José de Lorena e, quem sabe, colaborar de alguma forma, ainda que modesta, para que ele tenha lugar assegurado e merecido no Panteon dos nossos grandes músicos.
Um grande abraço, muito grato,
Régis Duprat


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