OSCAR RANDOLPHO LORENA


OSCAR RANDOLPHO LORENA
Cachoeira Paulista *15-01-82 
 Aparecida +04-05-62

Oscar Randolpho Lorena, foi o segundo filho do Maestro Randolpho José de Lorena. Em 1899, quando seu pai assumiu o cargo de Mestre-Capela do Santuário de N.S.Aparecida mudou-se para Aparecida, aos 17 anos. Ali se casou e, enquanto viveu, cultivou e ensinou sua arte aos seus descendentes, criando uma geração de músicos talentosos que marcaram profundamente a sua época. 

Oscar Randolpho Lorena, nasceu em Cachoeira Paulista, em 15 de Janeiro de 1882 e faleceu em 4 de Maio de 1962 em Aparecida, cidade onde viveu a maior parte de sua vida e para a qual dedicou toda a sua arte. Filho de Randolpho José de Lorena, grande músico, Mestre de Capela da Basílica de Nossa Senhora Aparecida, e de Justina Augusta Lorena, Oscar foi músico de inquestionável talento. Casado com Maria Benedicta Barreto Lorena, constituíram família, cujos filhos herdaram acentuada musicalidade. Oscar Lorena era pessoa popular e muito querida pelos aparecidenses. O espírito jovial, sempre bem-humorado, a todos conquistava. Em contrapartida era, também, profundamente respeitado e admirado, por sua retidão de caráter e por sua alma de artista. As composições de Oscar Lorena são reconhecidas pelo lirismo característico de suas linhas melódicas. Entre valsas, polcas e mazurcas, foi ele também, compositor de mais de uma centena de Dobrados, todos destinados, especialmente, para a Corporação Musical “Aurora Aparecidense”. Saxofonista de sopro limpo e suave, Oscar Lorena foi o mais entusiasta maestro dessa corporação, cuja presença obrigatória nas datas especiais da cidade, significava sempre o brilho maior, a alma da festa. Oscar Lorena participava da orquestra da Basílica Nacional, e, também da Orquestra presente nos famosos Festivais, ocasiões em que, além de destacar-se como executor, destacava-se, também, como compositor. Como músico e incentivador dessa arte, trabalhando na formação de novos músicos e participando da vida social e cultural da cidade, Oscar Lorena foi oficialmente reconhecido ao receber o título de “Cidadão Aparecidense”. Oscar Randolpho Lorena foi astro de primeira grandeza que, seguindo os passos de seu progenitor, enobreceu, com grande competência a linhagem musical dos Lorenas. Como cidadão, foi um Lorena que contribuiu, de forma efetiva e valiosa, para a cultura e o brilho de Aparecida.





Maria Benedicta Barreto Lorena e Oscar Randolpho Lorena.
Progenitores de uma descendência de raro talento musical.

MARIA BENEDICTA BARRETO LORENA
Aparecida
*24-02-88    +06-11-70

Nasceu no dia 24 de fevereiro de 1888, faleceu dia 6 de novembro de 1970. Filha de Isaac Júlio Barreto e de Maria do Carmo de França Barreto. Em 15 de agosto de 1905, aos dezessete anos, casou-se com Oscar Randolpho Lorena. Maria Benedicta Barreto nasceu com privilegiada voz de Contralto, termo que nomeia o registro grave das vozes femininas. Voz despojada, livre, soava lindamente. Virtudes vocais advindas de natural burilamento aperfeiçoavam seu mavioso canto. Maria Benedicta Barreto, antes do seu casamento com Oscar Randolpho Lorena, foi aluna de Música de seu futuro sogro, o Maestro Lorena. Maestro Lorena era o tratamento que distinguia o mestre-capela, Randolpho José de Lorena; o responsável pelo repertório e pela condução da Orquestra e Coro da Basílica. O estudo musical orientado por pessoa de reconhecido talento e competência propiciou, à jovem Maria, aprimoramento singular da Arte Musical. Como solista do Coro, certa feita, após o término do cântico da Ave-Maria, o bispo celebrante que, no púlpito, aguardava o momento para dar início à preleção, assim exclamou: “Bendita seja esta voz, que emociona e inspira o pregador!” O fato, quando, por alguém era lembrado, recebia de Maria moderada aquiescência respeitosa. Maria Benedicta Barreto norteou a sua vida em princípios de consistente religiosidade, que estruturaram sua Fé, firme em si mesma, fonte de sua coragem e ânimo forte. Fé que a impulsionou a entoar hinos de louvor aos céus, com a simplicidade, irretocável, de sua voz que, durante muitos anos, ecoou pelo templo, tal como “nossa irmã água, tão útil e humilde e preciosa e casta”.



Textos de:
Maria da Graça Jacob Lorena
neta de Oscar Randolpho


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